terça-feira, 23 de setembro de 2008


“No momento em que realmente nos decidimos, então o universo começa a agir também. Todo tipo de coisa começa a ocorrer, coisas que não ocorreriam normalmente, mas que acontecem porque você tomou a decisão. Uma série de eventos flui dessa decisão, levantando a nosso favor todo tipo de imprevistos, encontros e assistência material que nenhuma pessoa no mundo poderia planejar que ocorresse na sua vida. Seja lá o que você possa fazer, ou tenha o sonho de fazer: comece. O arrojo tem dentro de si inteligência, poder e mágica. Então comece agora".


Goethe

Primavera


Primavera é quando, num pedacinho da Terra, as flores se abrem,
o sol fica mais forte e a vida fica mais alegre.
Das quatro estações, a primavera é a mais bonita, porque colore a terra, perfuma o ar
e contagia os corações sensíveis com sua alegria.
A primavera é uma boa época para renovar o espírito, assim como as flores se renovam.
E de colher os frutos e semear a terra.
Semear a terra sempre, pois isso significa mantê-la sempre fértil.
E de terra fértil, sempre brota a vida.
Bom seria se a primavera acontecesse o tempo todo, em todos os corações
humanos... florescendo, enfim, na forma de atos, palavras e
pensamentos, sempre positivos...
se cada ser vivente, fosse como uma flor, bela, pura e
cheirosa, toda a Terra viveria uma eterna primavera...
Depende de cada um, fazer do próprio coração, a terra...
semeá-lo e cuidá-lo, para cultivar o espírito da primavera, todo o tempo...
em qualquer estação...
Abraços

Jussára (por e-mail)

Estive aqui e fui muito feliz!


Para entrar no terreno de um coração é preciso ter um mapa que nos mostre as armadilhas, os atalhos, os abismos...
Ao pisar no terreno de um coração é preciso ter muita calma para não destruir as flores, para não se perder nos amores, nos amores por ele vivido, nos amores por ele sonhado, idealizado...
Pois um coração é assim:
As vezes é o labirinto do qual não conseguimos sair, as vezes é o portal fechado que não nos deixa entrar !
Há que ter muito cuidado quando alguém nos abre a porta do seu coração. Cuidado para saber entrar, e se necessário, saber sair... Sem destruir, sem derrubar,sem magoar... E plantar uma bandeira, no maior monte, escrito assim:
- Estive aqui e fui muito feliz!

Enviada: quinta-feira, 14 de agosto de 2008 7:00:30
Para: Jussára Moreira (por e-mail)

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Nem luz de astro nem luz de flor somente:..



Rσ∂яιgσ:
07/09/2008
Nem luz de astro nem luz de flor somente: um misto
De astro e flor. Que olhos tais e que tais lábios, certo,
(E só por serem seus) são muito mais do que isto...
Ela é a tulipa azul do meu sonho deserto.

Onde existe, não sei, mas quero crer que existo
No mesmo nicho astral entre luares aberto,
Em que branca de luz sublime a tenha visto,
Longe daqui talvez, talvez do céu bem perto.

Ela vem, (sororal!) vibrante como um sino,
Despertar-me no leito: ouro em tudo, — na face
De anjo morto, na voz, no olhar sobredivino.

Nasce a manhã, a luz tem cheiro... Ei-la que assoma
Pelo ar sutil... Tem cheiro a luz, a manhã nasce...
Oh sonora audição colorida do aroma!

Alphonsus de Guimarães

ATOS E SENTIMENTOS....


Somos donos de nossos atos,
mas não donos de nossos sentimentos;
Somos culpados pelo que fazemos,
mas não somos culpados pelo que sentimos;
Podemos prometer atos,
mas não podemos prometer sentimentos...
Atos são pássaros engaiolados,
sentimentos são pássaros em vôo.
Mário Quintana

AH! OS RELÓGIOS

Strella Petra'z:
05/09/2008

AH! OS RELÓGIOS

Amigos, não consultem os relógios
quando um dia eu me for de vossas vidas
em seus fúteis problemas tão perdidas
que até parecem mais uns necrológios...

Porque o tempo é uma invenção da morte:
não o conhece a vida - a verdadeira -
em que basta um momento de poesia
para nos dar a eternidade inteira.

Inteira, sim, porque essa vida eterna
somente por si mesma é dividida:
não cabe, a cada qual, uma porção.

E os Anjos entreolham-se espantados
quando alguém - ao voltar a si da vida -
acaso lhes indaga que horas são...

Mario Quintana - A Cor do Invisível

Tempo de abraçar.

Dorinha\:
05/09

Num piscar de olhos tudo pode mudar
Não se ter mais o tempo que passou
Deixa-se na lembrança que guardará
O brilho de um sorriso que se apagou

O tempo que passa regendo a vida
Nasce com a primeira luz da aurora,
Traz consigo uma bela poesia lida
No final do dia o sol vai-se embora.

A noite chega quente como o verão
E de joelhos começa-se a chorar
Ao ver a solitária lua do sertão
Em pouco tempo seu brilho apagará...

O tempo surge leve como uma criança
Cresce rápido, forte, torna-se formoso.
Dá aos olhos dos que o ver a esperança
De que esse tempo seja um senhor bondoso.

O tempo escorre pelas mãos da felicidade
E a vida corre, se vai, e o novo sempre vem
Deixar no peito a marca forte da saudade
De tudo que passa, de tudo que se quer bem.

Esse tempo todo em que rabisco o papel
É pra te dizer que não me devo esperar
Vou com o tempo, entre a Terra e o Céu
Agora, com minha poesia, vou te abraçar...

BjiM!!!

domingo, 14 de setembro de 2008

Meus dias foram aquelas romãs brunidas

Meus dias foram aquelas romãs brunidas
repletas de cor e sumo e doçura compacta.
Foram aquelas dálias, redondas colméias
cheias de abelhas, de vento e de horizontes.
Meus dias foram aquelas negras raízes
escravas, caminhando por humildes subterrâneos.
Foram aquelas rosas duramente construídas
e logo sopradas por lábios displicentes.
Ah! meus dias foram aqueles sóbrios cactos
de raríssima flor encravada em coroas de espinhos.
Meus dias foram estes altos muros robustos,
este peso de enormes pedras, este cansado limite,
onde pousavam solidões, palavras, enganos
com o brilho, a inconstância desta incerta borboleta.

Cecília Meireles


E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando sermos donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."

(Miguel Sousa Tavares)

OS VENTOS

Não há, nos ventos,
a liberdade da morte,
embora sejam implacáveis e
jamais perdoem as folhas secas.

Todos os ventos têm nome
mas não se conhece nenhum
de perto, embora
se agarrem a você
e desorganizem a harmonia.

Os ventos não têm forma
mas sabemos todas as suas aspirações
e os seus amores com o mar e as árvores.

Os ventos não têm a liberdade da morte
diluídos na essência
do que nunca aconteceu.

Álvaro Pacheco

by Rodrigo

Preciso Me Encontrar

Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar...

Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer, quero viver...

Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Quando eu me encontrar...

Depois, depois
Que eu me encontrar
Quando eu me encontrar

Composição: Candeia